Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Campo Grande, lamentou a morte do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, nesta segunda-feira (21). A Igreja deve prestar homenagens ao sacerdote católico ao longo do dia.
Nesta manhã, antes de celebrar a missa no Mosteiro Cisterciense Nossa Senhora Aparecida, Dom Dimas informou que a catedral se prepara para solenidades em sua memória.
Sobre a proximidade com o líder da Igreja Católica, Dom Dimas destacou o legado de fé e humildade. Contudo, o último contato com o Papa Francisco teria ocorrido há dois anos, em Roma, durante a visita Ad Limina Apostolorum — encontro de bispos católicos diocesanos.
“Particularmente, sempre gostei muito do Papa Francisco. Todos os dias ele estava presente em nossas orações, e pude trabalhar com ele em Aparecida, durante a Conferência de Aparecida, em 2007. Ele ainda era o cardeal Bergoglio, mas foi o chefe de redação daquela conferência, que produziu o chamado Documento de Aparecida, um marco na evangelização da Igreja na América Latina, e, posteriormente, na vice-presidência do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho).”
“A gente se encontrou em Roma; ele foi muito acolhedor. Meu último encontro com ele foi dois anos atrás, por ocasião da visita Ad Limina Apostolorum, dos bispos do Mato Grosso do Sul. Para mim, é uma perda muito grande. Como eu disse, é alguém que eu sempre tive no coração”, afirmou.
Complicações de saúde
Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. Papa desde 2013, o pontífice argentino vinha sofrendo com sérios problemas de saúde desde 2023 e teve seu estado agravado em decorrência de uma pneumonia dupla.
O anúncio oficial do falecimento foi feito pelo Camerlengo Farrell, da Casa Santa Marta: “Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja”.
No horário do Brasil, o falecimento ocorreu às 2h35. Bergoglio exerceu o papado por 12 anos.
Primeiro latino americano a chegar ao posto máximo da Igreja Católica, Papa Francisco é apontado pelo Vaticano como um líder evangélico focado nos mais pobres.
“Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”, diz a nota oficial da Santa Sé.
“Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, escreveu Farrel.