Depois de uma reunião fechada com os componentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo de Campo Grande, os vereadores Coringa, Dr. Livio e o presidente da Câmara, Papy, fizeram um balanço das ações realizadas até então pelos parlamentares.
Em uma das declarações, Papy afirmou que já foram investidos mais de R$ 100 mil na CPI, através da contratação de um escritório jurídico para fazer os levantamentos e análises de contabilidade dos documentos apresentados nas oitivas.
“São milhares de páginas contábeis a serem analisadas para o fechamento do relatório, então nós contratamos um escritório de advocacia e um escritório de contabilidade para auxiliar a CPI nesse relatório final. É um pagamento só, um trabalho que vai ajudar a CPI a fechar o relatório”.
Os vereadores não forneceram o nome dos escritórios contratados, mas ressaltaram que já estão trabalhando nos requerimentos e detalhamentos dos documentos para o relatório.
Sobre uma nova oitiva para ouvir o presidente do Consórcio Guaicurus, Paulo Constantino, que não compareceu na semana passada para ser ouvido em razão de um atestado oftalmológico, o vereador Lívio reforçou que ele será chamado “se houver necessidade”.
“Nesse momento, como a gente tem um programa fechado de execução, a gente não vê, nesse momento, a importância desse depoimento. Havendo a necessidade, a gente vai convocá-lo, mas no primeiro momento, não. Nós não descartamos. Mas o depoimento do diretor Leonardo foi bastante efetivo para tirar algumas dúvidas. Estamos com dados novos fornecidos pelo diretor, então a gente não vê a necessidade de uma convocação eminente”.
Lívio também ressaltou que os efeitos práticos da CPI não serão vistos de imediato, mas que as movimentações já estão sendo feitas.
“Quando você ouve o diretor do consórcio, que ficou 10 anos à frente, dizer que a fiscalização aumentou em cima dele desde que a CPI foi instaurada, isso já é um ganho prático. Quando você vê as agências se movimentando também para melhorar seus processos, que as multas em cima do Consórcio foram aplicadas, isso é um resultado prático”, afirmou
O vereador também alegou que a Câmara fará “tudo o que está ao nosso alcance para forçar que isso aconteça de maneira efetiva e legal, criando caminhos e soluções”.
Papy colocou que uma das alternativas para a resolução do grande problema do transporte público pode ser a criação de um “grande acordo”, envolvendo as bancadas estaduais e federais, além da criação de um fundo de custeio, que possa destinar dinheiro todo mês para o transporte público de Campo Grande.
“Independente de quem é o culpado, independente de quem é o prefeito lá na frente, é um mecanismo novo. Com dinheiro vinculado, é o melhor jeito. Se alguém for prefeito hoje ou amanhã, você tem um recurso garantido com a finalidade específica”, disse.
Reunião pública
Os vereadores ressaltaram que a quarta fase da CPI será marcada por ouvir os usuários do transporte público da Capital, através de uma reunião pública que deve acontecer na próxima quarta-feira (25), na praça Ary Coelho, no centro da cidade. Além disso, serão ouvidas pessoas nos terminais, para dar a oportunidade de mais pessoas participarem.
“A ideia é pegar o máximo de usuários que usam os terminais, que ficam em volta da praça, pra falar com a nossa equipe. Isso vai dar oportunidade para as pessoas que não pode estar na praça naquele dia, de falar também na audiência pública”, afirmou Livio.
Estarão sendo ouvidos usuários do transporte na praça no horário das 13h às 17h. Não será necessário fazer inscrição prévia para ser ouvido. A audiência será conduzida pelo Vereador Coringa.