Estratégia do Governo do Estado deve diminuir filas para procedimentos de saúde

A iniciativa pretende incentivar financeiramente a produção de serviços e, consequentemente, ampliar o número de atendimentos
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Na última terça-feira (1º), deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, se reuniram com o  secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, em um encontro que detalhou um novo modelo de financiamento para os Hospitais de Pequeno Porte – (HPPs).

A estratégia do Governo do Estado tem como objetivo reduzir as filas por diagnósticos, procedimentos e cirurgias, além de incentivar financeiramente a produção de serviços e, consequentemente, ampliar o número de atendimentos em 66 hospitais do interior do Estado.

Na reunião, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro elogiou a proposta do governo, e destacou que se trata de uma solução que já obteve sucesso em São Paulo e que busca uma regulação mais eficiente para a saúde sul-mato-grossense. “Parabenizo o Governo do Estado pela proposição e por nos ouvir, vir aqui conversar com os deputados, com uma solução que está sanando as filas em São Paulo e gostaríamos de avançar a conversa sobre uma regulação mais eficiente”, ressaltou.

Na ocasião, o secretário Maurício Simões Corrêa explicou que o novo modelo de financiamento será implementado por meio de resolução governamental, sem a necessidade de um projeto de lei neste primeiro momento. “Vamos propor uma mudança de paradigma no modelo de financiamento para os hospitais do interior”, afirmou o secretário.

O programa será baseado em duas linhas de financiamento:

Incentivo Fixo: Um repasse para que as unidades mantenham sua estrutura aberta e em funcionamento.

Incentivo Variável: Uma bonificação diretamente relacionada à produção de serviços, sejam eles diagnósticos ou terapêuticos.

A estratégia busca estimular os hospitais de pequeno e médio porte, que muitas vezes não realizam procedimentos de baixa e média complexidade por falta de incentivo, desafogando assim os grandes centros hospitalares que hoje acumulam esses atendimentos.

INVESTIMENTO

Nesse cenário, a expectativa é que o novo programa amplie os investimentos nos hospitais, com um acréscimo inicial de 20% a 30% dos recursos já aplicados. Esse valor poderá ser ainda maior, dependendo da disponibilidade orçamentária do estado.

Além disso, o programa visa criar uma oferta contínua de atendimento e combater a demanda reprimida, ou seja, as filas. “Com essa oferta contínua de atendimento de pequeno e médio porte teremos uma maneira de combatermos a demanda reprimida a esses hospitais que, muitas vezes, não se sentem motivados a realizar procedimentos e enviam os pacientes para Campo Grande inflando os hospitais de alta complexidade”, enfatizou o secretário Maurício Simões.

Conforme o secretário estadual de saúde, todos os municípios do interior, no caso, prefeitos, secretários municipais e gestores de hospitais já foram informados sobre o novo programa e demonstraram grande interesse.

Os procedimentos previstos para serem incentivados nesses hospitais incluem:

Urgência e emergência

Materno-infantil

Cirurgia geral

Geniturinária

Traumato-ortopedia

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