Lula diz, no Japão, que o presidente dos EUA não é xerife do mundo

"Não prevejo um quadro positivo nessa política de aumento de taxação", afirmou Lula em coletiva no Japão
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite de ontem, 26, pelo horário de Brasília, que está “preocupado” com a tarifação de produtos importados determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Isso vai elevar o preço das coisas e pode levar a uma inflação que ele [Trump] ainda não está percebendo”, disse o presidente, em entrevista coletiva em Tóquio, ao fim da visita de Estado ao Japão.

Lula afirmou que o presidente americano não é o “xerife do mundo” e que seria importante, ao invés de tomar medidas unilaterais, conversar com os líderes de outras nações. “Não prevejo um quadro positivo nessa política de aumento de taxação ”

De acordo com o presidente, o Brasil responderá à tarifação dos produtos vendidos para os Estados Unidos de duas formas: recorrendo à Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotando a reciprocidade tarifária, caso a reclamação à entidade não dê resultados.

 

“É colocar em prática a lei da reciprocidade. Não dá para a gente ficar quieto achando que só eles têm razão e que só eles podem taxar outros produtos”, afirmou.

Trump anuncia tarifas de 25% para todos os carros não fabricados nos EUA

“Nós efetivamente cobraremos uma tarifa de 25%”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de quarta-feira, 26, que está colocando tarifas de 25% sobre importações de todos os automóveis não fabricados no país. A medida visa estimular a produção doméstica.

“Nós efetivamente cobraremos uma tarifa de 25%”, disse Trump em coletiva que está sendo realizada na Casa Branca, onde assinou uma ordem executiva sobre a tarifa. O presidente citou que espera gerar US$ 100 bilhões de receita com a tarifa.

“Mercados vão gostar da medida”, afirmou Trump, dizendo que a cobrança da tarifa entra em vigor no dia 2 de abril. Segundo o presidente, as tarifas sobre automóveis serão permanentes.

Trump afirmou ainda que o anúncio de tarifas recíprocas, previsto para dia 2 abril, surpreenderá. “Tarifas recíprocas serão bastante lenientes”, disse.

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